Autor: Gabrielle Paiva - Projeto Amigos da Jubarte
Em uma expedição para monitorar cetáceos, os pesquisadores foram surpreendidos por um momento raríssimo na costa do Espírito Santo. Conseguiram registrar um tubarão-baleia, nadando bem próximo ao barco que se encontravam. É o segundo registro que se tem, de um encontro com esse animal espetacular, em águas capixabas.
Vídeo: Luan Amaral /Projeto Amigos da Jubarte
A bióloga e pesquisadora do Jubarte.lab, Bruna Rezende, contou como foi a experiência: "Estávamos no meio da amostragem, com hidrofone na água, drone no ar, observadores de bordo em atividade, quando de repente aparece uma nadadeira enorme e preta ao lado do nosso barco. Nos aproximamos pra ver e nos surpreendemos com aquele gigante do tamanho do barco, todo preto, cheio de bolinhas brancas naquela água azul e transparente. Foi um momento inesquecível, que sonhávamos viver há muito tempo."
Mas, afinal... é baleia ou tubarão?
Considerado o maior peixe do oceano, o tubarão-baleia (Rhincodon typus) é realmente um tubarão. O nome surge a partir da combinação de características dos tubarões e das baleias como, por exemplo, ser um peixe cartilaginoso (como os tubarões) e se alimentar por filtração (como algumas baleias).
Em relação às baleias, ele se assemelha tanto na forma de alimentação – nadando de boca aberta para capturar plâncton e pequenos peixes – quanto no porte imponente e no comportamento pacífico. Ele pode atingir mais de 12 metros de comprimento e é dócil, sem representar ameaça aos humanos, o que o aproxima mais da imagem das baleias, em contraste com a percepção predatória que muitos têm dos tubarões.
Foto: Mauricio Handler/nationalgeographic.com/news
Esses gigantes simpáticos, pesam em torno de 20 toneladas e podem viver, em média, 70 anos na natureza. Por preferir águas quentes, se distribuem por todos os mares tropicais. "A cada primavera, são conhecidos por migrar à plataforma continental da costa oeste central da Austrália. A desova de corais do recife Ningaloo da região proporciona ao tubarão-baleia um suprimento abundante de plâncton." informa a National Geographic.
Ele é classificado como "Em Perigo" na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN):
Isso significa que enfrenta um alto risco de extinção na natureza devido a diversas ameaças, principalmente causadas pela ação humana. Algumas das principais ameaças incluem:
Pesca Predatória e Acidental: Em algumas regiões, o tubarão-baleia é capturado intencionalmente para a venda de suas nadadeiras, carne e óleo. Além disso, ele frequentemente acaba preso acidentalmente em redes de pesca destinadas a outras espécies, o que resulta em mortes.
Poluição e Perda de Habitat: A poluição marinha, especialmente por plásticos, e a degradação dos habitats costeiros afetam negativamente as áreas que o tubarão-baleia utiliza para alimentação e migração.
Colisões com Embarcações: Como o tubarão-baleia nada frequentemente próximo à superfície, ele é vulnerável a colisões com embarcações, o que pode ser fatal para esses animais.
Turismo Desregulado: O turismo não controlado também representa uma ameaça, pois o contato direto com embarcações e mergulhadores pode causar estresse e ferimentos.
A conservação do tubarão-baleia é vital para a saúde dos ecossistemas marinhos, pois ele ajuda a manter o equilíbrio das cadeias alimentares. A proteção envolve desde o estabelecimento de áreas marinhas protegidas até regulamentações mais rígidas na pesca e no turismo de observação.
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Para aqueles que tem interesse em ver as baleias em Vitória - Espírito Santo em 2025, é só entrar no site do Projeto Amigos da Jubarte pelo link: www.queroverbaleia.com
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